11 de novembro de 2009 @ 18:44:00h

Vem com a música

“Hoje em dia, ninguém mais compra CD”, disse Tuba Caruso, baterista da banda gaúcha Faichecleres, que sempre disponibilizou sua obra gratuitamente nas redes de relacionamentos. É a mais pura realidade: se 20 anos atrás a indústria fonográfica não sabia seu futuro com o lançamento do Compact Disc (CD), hoje a história se repete com os aparelhos de MP3 e iPods espalhados pelo mundo. Mas será que não é muita tempestade em um copo d’água quase vazio?

Dez anos atrás, com o surgimento do Napster, foi uma revolução no melhor e no pior sentido da palavra. A palavra “download” entrou de vez no vocabulário mundial e as grandes gravadoras começaram a sentir o peso desta nova era. O artista finalmente ganhou autonomia de sua obra e pode compartilhá-la com os fãs, garantindo assim um público maior nos shows. Como Tuba disse “depois que a internet chegou, o músico ficou bem mais autônomo. Com a internet as gravadoras começaram a perder o poder, então, a gente ‘bota’ na internet, a galera conhece, escuta, grava, passa para os amigos, e onde a gente ganha dinheiro é no show”.

Em virtude dessa nova forma de divulgação de músicas, surgiu o MPB (Música Para Baixar), um movimento que preza o direito de compartilhamento de acervos musicais. Com o apoio de artistas consagrados como Leoni e a trupe do Teatro Mágico, o movimento defende os direitos autorais e acredita que a indústria fonográfica está em crise. Crise que, para alguns, é a melhor de todos os tempos pois nenhum músico ou banda teve tanta facilidade de mostrar seu trabalho. Quem quiser saber mais sobre o MPB, acesse: http://musicaparabaixar.org.br/.

 
Texto composto em parceria com Ana Rauber para o jornal mural "Babel".

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